Que a adolescência não é um período fácil do desenvolvimento, todos já sabemos. Soma-se a essa etapa da vida quase dois anos de pandemia, que gerou mudanças profundas na vida desses jovens, que foram retirados de seu convívio social, escolar, esportivo e em muitos casos familiar. Relatos de adolescentes que estavam desde o início da quarentena sem visitar os avós, sem ver os primos, sem encontrar os amigos e pior de tudo – sobrecarregados pelo medo de adoecer e de perder pessoas importantes na vida deles.
Esses jovens tiveram a interrupção de sua rotina, mergulharam nos games, vídeos, séries, mas nada disso substitui aquilo que para eles é essencial, e comum a todos que os antecederam – o convívio em sociedade. As aulas foram readaptadas no formato on-line, o aprendizado foi mantido e o medo e a ansiedade passaram a fazer parte da rotina de grande parte desses púberes. Hoje, psiquiatras são unânimes em relatar o aumento do número de jovens em seus consultórios. Pais referem tristeza desses filhos e também relatam que muitos deles trocaram o dia pela noite, o que também prejudica a concentração e o bem-estar, aumentando sintomas ansiosos.
A psicoterapia, proporciona um ambiente seguro, sigiloso e que permitirá ao adolescente falar sobre esses sentimentos prevenindo o adoecimento, a perda de qualidade de vida e a retomada consciente do convívio social.
Comentários: